Visando complementar o controle do Proconve e assim contribuir para a redução da poluição do ar oriunda de fontes móveis no Brasil, foi criado, em 2002, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares - Promot.
O Promot estabeleceu limites de emissão para gases poluentes provenientes de motocicletas novas e previu exigências quanto à durabilidade de emissões, controle da qualidade da produção, critérios para a implantação de programas de inspeção e manutenção periódica e fiscalização em campo.
A primeira fase (M-1) teve início em 2003, e, em 2005, começou a segunda fase (M-2), as quais estabeleceram os limites para emissões de gases poluentes por ciclomotores (veículos de duas rodas e seus similares, providos de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinqüenta centímetros cúbicos e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinqüenta quilômetros por hora), motociclos (veículos dotados de motor de combustão interna com cilindrada superior a cinqüenta centímetros cúbicos e cuja velocidade máxima ultrapasse cinqüenta quilômetros por hora.) e veículos similares novos. Está prevista uma terceira fase (M-3) para 2009.
Além da produção de veículos menos poluentes, o Proconve, dentro de seus objetivos, previu a implantação, pelos órgãos estaduais de controle ambiental, de programas regionais de inspeção e manutenção dos veículos em uso.
Bom, e aí você pergunta: O que isso tem a ver com as novidades nos modelos 2009? E com a adoção de IE?O dispositivo mais comum e usual para a redução da emissão de CO é conhecido como catalisador. Ele tem como objetivo transformar as moléculas de CO (altamente tóxicas) em moléculas de CO² (que praticamente não oferecem risco a saúde). Todavia a instalação do catalisador significa um anteparo a saída de gases do motor, gerando uma alteração na curva de torque e, na grande maioria das vezes, uma redução de potência.
Mas quem vai se contentar em comprar em 2009 uma moto que é menos potente que o modelo de 2008? Por isso os engenheiros têm que se desdobrar e arrumar soluções que se contraponham ao efeito limitante do catalisador. Existem inúmeras maneiras de aumentar a potência do motor e compensar o uso do catalisador. E uma delas, talvez a mais evidente, seja a adoção de Injeção Eletrônica de Combustível em substituição aos ultrapassados Carburadores.
A Injeção Eletrônica faz leituras constantes do conteúdo que é queimado no motor, fazendo assim uma adequação em tempo real da mistura ar/combustível, proporcionando queimas mais eficientes e maior rendimento. Sendo mais eficiente que o carburador, este sistema pode oferecer alguns cavalos a mais de potência, anulando ou reduzindo o efeito contrário gerado pelo uso de catalisadores.
Pra quem quer entender isso melhor, eu achei um exemplo interessante já nesse ano, a Honda Shadow 750. O modelo 2009, além do catalisador recebeu também a tão aclamada IE. Mesmo assim o ganho de potência com a IE não foi suficiente para compensar a perda causada pelo uso do catalisador. Como pode ser lido em:
http://www.shopcarnews.com.br/view_artigo.htm?id=1018Moral da história... é fato que para o ano de 2009 os fabricantes terão de instalar catalisadores em quase todos os modelos de motos das suas linhas de produção e como conseqüência podemos esperar o uso de IE. Alguns exemplos disso são as Yamaha, que se anteciparam a lei de 2009 e já adotam catalisador e IE nos modelos XT660R, XTZ250 e Fazer há algum tempo.
Pra quem pensa em comprar uma 0KM agora, tá aí um bom motivo pra esperar pelos modelos 2009.